Em Porto Feliz, interior de São Paulo, o 50º Batalhão de Polícia Militar do Interior registrou uma foto de dois policiais com uma criança fardada segurando uma réplica de fuzil, brinquedo ilegal, conforme o Estatuto do Desarmamento. A imagem foi compartilhada ontem no Instagram da corporação.

De acordo com a publicação, os policiais atenderam ao pedido de familiares que procuraram a corporação para contar da admiração do garoto pelo serviço policial e disseram que haviam comprado uma farda infantil de presente de Dia das Crianças, pedindo que a entrega fosse feita de maneira especial.

Ao G1, o advogado especialista em direitos humanos e segurança pública Ariel de Castro Alves, explicou que o problema não está no uso da farda, e sim na posse da arma, pois mesmo que seja réplica, é proibida.

Em nota ao G1, a corporação declarou: “A mãe do garoto fez contato com a base da PM em Porto Feliz solicitando a possibilidade de comparecimento de policiais para entregarem uma farda infantil que ela havia comprado, tendo em vista o grande amor e admiração do menino pela instituição. Acrescento que o objeto que o menino está portando trata-se de um brinquedo de plástico, sem nenhum sistema de tiro, comprado pelos próprios pais da criança”. Após a repercussão, a publicação foi deletada do perfil do 50º BPMI.

Ainda de acordo com o advogado Ariel, os pais do menino podem responder por crime,  previsto no artigo 232 do Estatuto da Criança e do Adolescente.