Rio – A Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) faz, desde o início da manhã desta terça-feira, a Operação Sete Capitães, contra uma quadrilha especializada em furto de petróleo e derivados de oleodutos da Transpetro. São sete mandados de prisão e 11 de busca e apreensão, que estão sendo cumpridos em Macaé, Carapebus e Rio das Ostras, na Região dos Lagos; e Quissamã e Casimiro de Abreu, no Norte Fluminense.
Dentre os alvos está o sargento da Polícia Militar Paulo Roberto Ramos Júnior, que é acusado de repassar informações durante as ações do grupo. Ele, que é do 32º BPM (Macaé), é um dos cinco presos da ação até o momento.
Dos outros quatro presos estão os vigilantes Celmo de Oliveira Félix e Fernando Luís Garcia dos Anjos. Eles eram contratados para fazer a segurança de dutos da subsidiária da Petrobras na região também são procurados. Os dois garantiam que os comparsas praticassem os crimes sem serem incomodados.
Alguns mandados também estão sendo cumpridos no Paraná, para onde era levado o combustível furtado. Os presos vão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa e furto qualificado.
Os presos identificados até agora:
. Paulo Roberto Ramos Júnior: PM do 32º BPM (Macaé)
. Celmo de Oliveira Félix: vigilante
. Fernando Luís Garcia dos Anjos: vigilante
. Evangelista Raimundo da Luz
. Ubiraci Menezes de Jesus
INVESTIGAÇÕES
De acordo com as investigações, que começaram há 10 meses, em apenas quatro furtos, a quadrilha causou um prejuízo de R$ 700 mil contra a Transpetro. O crime acontecia em Carapebus, Quissamã e Macaé.
“A apuração levantou ainda que a organização fazia em média de duas a três retiradas por semana, totalizando cerca de 150 mil litros de petróleo e derivados desviados”, conta o titular da DDSD, o delegado Júlio Filho. As investigações apontam que o petróleo furtado seria enviado em caminhões bitrens, com capacidade para subtrair aproximadamente 50 mil litros, para cidades no Estado do Paraná”.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco/MPRJ), um dos locais de destino do petróleo é uma empresa situada em Rolândia, no Paraná. Por causa disso, o Gaeco do MP do Paraná dá apoio à ação.
“A prática do furto ilegal de combustível além de ser criminosa representa um risco para o meio ambiente e para as pessoas que residem próximo aos locais”, Filho acrescenta.
Os mandados da operação foram expedidos pelo Juízo Vara Única do Juízo de Carapebus e Quissamã, além da Auditoria Militar.
A ação também conta com o apoio da Petrobras, da Agência Nacional do Petróleo (ANP), da Secretaria estadual de Fazenda (Sefaz), da Corregedoria da PM e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MPRJ (CSI).