PM e Flávio da Mocidade são alvos de operação do MP pela morte de Falcon da Portela

O presidente da Mocidade Alegre, Flávio da Silva Santos, e Fábio da Silva Cavalcante, um policial militar do 18º BPM (Jacarepaguá), são alvos de uma ação do Gaeco (Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado) do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) realizada nesta quarta-feira, 18, por suspeita de envolvimento na morte de Marcos Falcon, presidente da escola de samba Portela assassinado a tiros em 2016.

De acordo com o MP-RJ, a dupla está ligada ao contraventor Rogério de Andrade, preso em outubro deste ano pelo Gaeco. Segundo a entidade, mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em endereços na Barra da Tijuca, Madureira e Jacarepaguá, três bairros do Rio de Janeiro (RJ). As informações são do “Conexão GloboNews” e do “Bom Dia Rio”, da “TV Globo”.

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Conforme o MP-RJ, as investigações apontaram que existiam conflitos entre Rogério de Andrade e Marcos Falcon. Há suspeita de que o presidente da Portela tenha participado de um atentado a bomba que matou um dos filhos do contraventor.

Ainda segundo a entidade, Falcon e Geraldo Antônio Pereira, um amigo próximo, estariam planejando o assassinato de Rogério de Andrade antes de ambos serem mortos em 2016.

De acordo com as autoridades, Flávio da Mocidade possuía ao menos duas fotos do corpo de Falcon feitas logo após o assassinato. Outra imagem armazenada pelo investigado era de uma urna eletrônica que exibia o número de campanha do presidente da Portela, que era candidato a vereador, e o cadáver do homem.

As forças de segurança também identificaram prints de mensagens com o policial militar Anselmo Dionísio das Neves, conhecido como Peixinho, denunciado por fraude processual pelo MP-RJ e que teria interferido nas investigações retirando um dos celulares de Falcon da cena do crime.

O MP-RJ pontuou que o policial militar da ativa foi alvo de busca e apreensão na operação dessa terça por supostamente ser um dos responsáveis pela tomada dos negócios do presidente da Portela depois do assassinado, em especial o chamado “campo do Falcon”, apontado como ponto de encontro de milicianos.