Um policial militar da reserva foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná por suspeita de agressão e ameaça contra um adolescente de 14 anos, aluno de um colégio cívico-militar. As informações são da Folha.

O caso ocorreu há cerca de um mês, em Imbituva, a cerca de 180 km de Curitiba, mas a denúncia foi apresentada na última quinta-feira (9), e inclui outro policial da reserva, que é diretor militar da escolha, por supostamente ter ameaçado o jovem e tentado acobertar o caso envolvendo o monitor do colégio.

O estudante teria desenhado uma folha de maconha em uma das carteiras da escola e escrito a frase “vida louca”. No outro dia, o monitor interrompeu a aula e mandou que o aluno buscasse material de limpeza para remover a pichação.

Segundo a denúncia, no trajeto, o PM da reserva teria ameaçado o estudante, dizendo “que já tinha matado vários e que ele não iria fazer diferença”, e o agredido com um soco na nuca.

O aluno ainda teria sido submetido a uma situação de constrangimento, sendo obrigado a limpar a carteira na presença dos colegas e da professora.

A situação foi relatada pelo aluno à administração da Casa Lar, uma espécie de orfanato, onde ele mora. A entidade procurou a direção do colégio e, durante uma reunião, o monitor e o diretor teriam pedido para que o caso não fosse reportado às autoridades.

O monitor foi denunciado pelos crimes de ameaça, vias de fato, violência arbitrária e submissão do adolescente a constrangimento. O diretor também responderá por ameaça e prevaricação, por ter deixado de apurar o caso de eventual ilícito cometido pelo monitor militar. Os dois ainda foram denunciados por corrupção passiva, por terem tentado acobertar o caso.

Ainda de acordo com a Folha, tanto o monitor quanto o diretor do colégio foram afastados pela Secretaria da Educação do Paraná, que informou que o colégio não possui militares atuando no momento.