O capitão Diogo Costa Cangerana teve determinado o afastamento de suas funções na Polícia Militar nesta segunda-feira, 2, seis dias após sua prisão preventiva pela Polícia Federal.

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Ele está no Presídio Militar Romão Gomes, na capital paulista, de acordo com a SSP (Secretaria estadual da Segurança Pública). A detenção foi uma das 16 cumpridas pela Operação Tai-Pan, deflagrada pela PF na terça-feira, 26, para desarticular um grupo que movimentava dinheiro para organizações criminosas, incluindo o PCC (Primeiro Comando da Capital), usando empresas de tecnologia.

Segundo os policiais, Cangerana era responsável por abrir contas usadas pelo grupo para lavar dinheiro do tráfico. As informações são do site Metrópoles.

Segurança de governadores

O capitão atuou na Casa Militar de 2012 até setembro de 2024, quando foi transferido para o 13º Batalhão da Polícia Militar.

Esse órgão é responsável pela segurança dos governadores do estado. Cangerana serviu às gestões de Geraldo Alckmin (então no PSDB), Márcio França (PSB), João Doria (então no PSDB), Rodrigo Garcia (então no PSDB) e, por fim, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Durante a campanha, o PM era registrado acompanhando o atual chefe dos Bandeirantes em agendas de rua na capital paulista (veja foto de capa). Na data da prisão, Tarcísio falou em “maçãs podres” e evitou associar o episódio ao trabalho da corporação.

Ao site IstoÉ, a SSP disse que o agente “não atuou nas funções de assessoria ou ajudância de ordens às autoridades, limitando-se a atividades de rotina da Polícia Militar, assim como outros 347 policiais” designados para essas funções.

Segundo a pasta, a Corregedoria da PM “apura os fatos relativos à conduta do policial e acompanha os desdobramentos da Operação Tai-Pan”.