O sargento da Polícia Militar Farani Salvador Freitas Rocha Júnior, de 38 anos, movimentou R$ 751.696,00 de janeiro de 2019 a março de 2020. Conforme a Corregedoria da Polícia Militar, no mesmo período, ele recebeu R$ 45.570,35 de proventos da Polícia Militar. As informações são do colunista Josmar Jozino, do Uol.

Farani é acusado de ter recebido propina de traficantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) para facilitar as ações ilícitas da facção criminosa. Ele está preso desde junho de 2020, por suspeita de ter mandado matar o cabo da PM Wanderley Oliveira Almeida Júnior, 38.

Dias antes de morrer, o cabo teria dito a amigos que se alguma coisa acontecesse com ele, o responsável seria Farani. O PM revelou na ocasião que ele havia descoberto que o sargento tinha envolvimento com traficantes e iria denunciá-lo.

No Inquérito Policial Militar, instaurado para investigar a morte do cabo Wanderley, os investigadores mencionam que Farani “apurou rendimentos extremamente superiores aos auferidos licitamente pelo cargo público que ocupa”.

Farani também é investigado pela morte de Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, morto a tiros em 23 de fevereiro de 2018, em São Paulo. O Uol procurou a defesa do sargento, mas até o momento não obteve retorno.