A Justiça converteu em preventiva a prisão em flagrante do cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) Pedro Henrique Machado de Sá, acusado de matar com um tiro o estudante Ryan Teixeira do Nascimento, de 16 anos, em Magalhães Bastos, na zona oeste do Rio. A audiência foi realizada na Central de Custódia, em Benfica, onde o militar estava preso.

O estudante foi baleado quando brincava com amigos no telhado de um posto de saúde na Rua das Laranjeiras do Sul. Os menores contaram que o policial chegou atirando – fez seis disparos. Um dos menores foi ameaçado e somente liberado pelo militar com a chegada da mãe. Após notarem que Ryan não estava entre eles, os amigos encontraram o corpo dele no telhado do posto.

De acordo com a Polícia Civil, o cabo, que estava fora de serviço, atirou em Ryan por volta das 22h de terça-feira (17), quando  o adolescente brincava com mais dois jovens no telhado de uma clínica, que fica em frente à casa do PM. Conforme as informações, o PM ficou incomodado com o barulho dos garotos e disparou contra eles.

A Justiça negou o pedido de liberdade provisória do policial, sob a alegação de que poderia “comprometer a credibilidade das instituições responsáveis pela persecução penal, ante a gravidade em concreto revelada pelo modus operandi [modo de agir] da conduta delituosa”. Ele é acusado de crimes dolosos previstos no Código Penal.

A juíza responsável pela decisão, cujo nome não foi divulgado pelo Tribunal de Justiça por questões de segurança, também determinou o encaminhamento do acusado, com urgência, para exame e tratamento médico, em razão de, recentemente, ter sofrido um infarto.

 

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