A solenidade nesta sexta-feira, 25, no Palácio do Planalto (foto), era para anunciar o acordo bilionário que garantiu indenizações e compensações a atingidos pelo rompimento da barragem em Mariana (MG), em 2015. No pano de fundo, porém, as eleições de 2026 estavam à vista. Adversários em Minas, o ministro Alexandre Silveira, das Minas e Energia, e o governador Romeu Zema disputavam as atenções.

Um de olho no outro

Durante a entrevista coletiva para a imprensa, após o anúncio oficial do acordo, os dois estavam separados fisicamente pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, e pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, mas absolutamente atentos ao que o outro dizia. A cada comentário de Silveira, Zema tinha um complemento ou observação a fazer – e vice-versa.

E os dois de olho nas urnas

Silveira, quer ganhar espaço em Minas na disputa eleitoral de 2026, e puxou a brasa para o discurso oficial do governo Lula, exaltando a preocupação em beneficiar “pessoas, meio ambiente e a retomada da região”. Zema, claro, também quer se apropriar desse capital eleitoral. Os dois disputaram espaço político a cada passo da negociação nos últimos dois anos. Na fase final das negociações, expuseram as divergências, inclusive publicamente. Silveira acusou Zema de querer usar o dinheiro do acordo para fazer política.

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