O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) rebateu as críticas de seu colega Washington Quaquá (PT-RJ), vice-presidente nacional do PT e recém-eleito prefeito de Maricá (RJ), no litoral fluminense, afirmando ser incoerente o parlamentar do Rio criticar o apoio do partido ao candidato derrotado à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (Psol). Quaquá chamou Boulos de “candidato fraco” e foi enfático ao reclamar da decisão do comando do PT de apoiá-lo nas eleições municipais deste ano.

Dois pesos, duas medidas

Zarattini, que também integra a executiva nacional petista, respondeu Quaquá dizendo que o correlionário critica a aliança com Boulos, mas teve comportamento parecido ao apoiar em Niterói a deputada Talíria Petrone, também do PSOL, no primeiro turno. “Lá em Niterói eles fizeram com que a eleição fosse para o segundo turno. E no segundo, o candidato bolsonarista, Carlos Jordy (PL), quase acabou alcançando o Rodrigo Neves (PDT), um ex-petista e que sempre foi amigo do PT”, reclamou Zarattini. “O Rodrigo poderia ter vencido no primeiro turno. E o Quaquá fez pior: apoiou uma candidata do PSOL contra o candidato apoiado pelo PT. Então, é muito fácil ficar criticando e não olhar para o seu estado, para o seu espaço”, afirmou Zarattini.

Mais um round

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), que namora Gleisi Hoffmann, a presidente nacional do PT, foi outro parlamentar a apontar a “incoerência” de Quaquá. Durante a campanha no primeiro turno, Quaquá havia criticado Lindbergh por ele apoiar o candidato Tarcísio Motta, do PSOL, no Rio, contra Eduardo Paes (PSDB). “Ué? E ele não apóia a Talíria em Niterói?”, devolveu Lindbergh. Em Niterói, Neves venceu Jordy no segundo turno, por 57,20% a 42,80%. No primeiro, ele teve 48,47%; Jordy, 35,59%; e Talíria Petrone, 12,65%.

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