Em meio ao clima de expectativa para a eleição do novo presidente do Senado, neste sábado, 1, o atual presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em sua despedida do comando da casa, aproveitou o balanço dos seus dois mandatos para destacar uma palavra: democracia. Em outro contraponto ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), lembrou da ação da Casa contra a Covid e homenageou os colegas mortos durante a pandemia: José Maranhão (MDB-PB), Arolde Oliveira (PSD-RJ) e Major Olimpio (PSL-SP).
Ao falar dos seus antecessores, Pacheco destacou Renan Calheiros (MDB-AL), que estava ao seu lado, e, principalmente, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que foi seu antecessor e é o favorito para sucedê-lo. O apoio de Alcolumbre foi fundamental para sua chegada à presidência e Pacheco retribuiu o apoio na construção de seu nome como sucessor.
Mais próximo do governo, o discurso de Pacheco, apesar de discreto, se contrapõe às críticas do presidente de seu partido, Gilberto Kassab, ao governo do presidente Lula. Nesta semana, Kassab, que é secretário de Governo e Relações Institucionais do governo de Tarcísio de Freitas em São Paulo, afirmou que Lula perderia as eleições se elas fossem realizadas hoje.
Pacheco, em seu discurso, enalteceu a democracia e a ação da imprensa livre no país “em tempos de fake news”. Ele agradeceu à imprensa pela convivência em seus quatro anos de mandato, e também ao presidente Lula e ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso.
Sobre o seu futuro político, Pacheco evitou falar de sua possível ida a algum ministério do governo Lula. Disse que seu nome tem sido lembrado “muito mais pela imprensa do que pelo governo”, mas que esse é uma assunto “para depois”.
Sobre o desejo manifestado por Lula de vê-lo como candidato ao governo de Minas Gerais, ressaltou que se algum político disser que não tem desejo de governar o seu estado, estaria mentindo.