PlatôBR: Nikolas fala em ‘puteiro’ ao explicar tolerância com acordos no Congresso

Em entrevista ao PlatôBR, deputado do PL usa prostituição como exemplo em avaliação sobre acordos feitos no Parlamento

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Nikolas Ferreira Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) usou uma imagem curiosa ao responder a perguntas do PlatôBR sobre emendas parlamentares e negociações políticas no Poder Legislativo. “Não quero comparar isso aqui, por exemplo, a uma zona, mas suponhamos que eu sou evangelista e vou evangelizar um puteiro”, disse o congressista mineiro, no contexto da eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara. “Aí eu vou falar: ‘não, peraí, eu não vou falar com vocês não, vocês são prostitutas’”, pontuou, em tom irônico. “É a matéria-prima que eu tenho pra trabalhar”, prosseguiu.

No mesmo assunto, Nikolas afirmou que não fez parte dos acordos que elegeram Hugo Motta e que não conhece totalmente os acertos amarrados nos bastidores da sucessão na Câmara. Mas confiou na orientação e na experiência do ex-presidente Jair Bolsonaro, explicou, votou em Motta. Por vontade própria, votaria do amigo Marcel Van Hatten (Novo-RS).

O parlamentar disse ainda que espera o cumprimento, por parte do novo presidente da Câmara, de compromissos feitos em assuntos como as prerrogativas do Congresso e a imunidade parlamentar. Qualquer escolha que fizesse, ponderou, receberia críticas. “Onde tem pessoas tem conflitos tem conflito de ideias, só não tem na ditadura”, afirmou Nikolas aos jornalistas Rodrigo Rangel e Guilherme Amado, do Platô.

Ainda na entrevista, ao justificar ações policiais, o deputado afirmou que, por ele, se morreram 700 criminosos, poderiam ter morrido 70 mil. Com a conhecida capacidade de se comunicar, Nikolas tentou se desvencilhar de algumas perguntas. Mas, em algumas oportunidades, não conseguiu. Por exemplo, quando foi indagado sobre as deportações feitas pelos Estados Unidos. Perguntado sobre como avalia a situação dos mineiros obrigados a voltar para o Brasil, o deputado falhou na tentativa de se esquivar e, depois de alguma insistência, posicionou-se contra o presidente Donald Trump.

Leia mais em PlatôBR