Desde a chegada ao STF da denúncia contra Jair Bolsonaro e outros 33 suspeitos de planejarem um golpe de Estado, na terça-feira, 18, a defesa do ex-presidente apresentou ao tribunal um recurso e anunciou que pretende apresentar mais três nos próximos dias. O primeiro foi negado e os outros três devem ter o mesmo destino.
Assim que a denúncia foi enviada ao Supremo, o relator, Alexandre de Moraes, deu prazo de 15 dias, conforme estabelece a legislação, para os acusados apresentarem defesa. No primeiro recurso, os advogados pediram que o prazo de Bolsonaro fosse de 83 dias. O ministro negou o pedido.
A defesa anunciou que vai pedir nos próximos dias que o julgamento da denúncia seja no plenário do tribunal, com a presença dos onze ministros, e não na Primeira Turma, que reúne apenas cinco. O Regimento Interno do tribunal determina que ações criminais sejam julgadas nas turmas.
Em outra frente, os advogados devem pedir ao tribunal a anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cesar Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro quando ele era presidente da República. Os depoimentos do militar constituem um dos principais elementos de sustentação da denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Um outro pedido que está sendo preparado é para que a defesa tenha acesso à integra da imagens dos depoimentos de Cid. Moraes já declarou que todas as mídias já foram disponibilizadas aos advogados.
Procurado pela coluna para comentar a estratégia, o advogado Celso Vilardi, um dos contratados para defender Bolsonaro, não respondeu.