PlatôBR: Bolsonaro, bets, Uber e redes sociais: o que vem por aí no STF

Esses são os temas de julgamentos que devem ocorrer ainda no mandato de Luís Roberto Barroso, que deixa a presidência do tribunal em setembro

PlatôBR: Bolsonaro, bets, Uber e redes sociais: o que vem por aí no STF

Os últimos meses da gestão do ministro Luís Roberto Barroso como presidente do STF prometem ser agitados. Seu mandato termina em setembro, quando ele será sucedido pelo atual vice-presidente do tribunal, o ministro Edson Fachin. Antes da mudança de comando, o tribunal terá temas polêmicos pela frente.

Um dos temas mais urgentes é o que já tomou a pauta dos últimos dias de 2024: a responsabilização das plataformas de redes sociais pelo conteúdo que publicam. O julgamento foi interrompido por um pedido de vista feito pelo ministro André Mendonça, que oficialmente tem até maio para devolver o caso ao plenário.

Ninguém nos bastidores do tribunal acredita, no entanto, que ele usará o prazo inteiro. Já existia uma pressão entre os ministros para que o julgamento fosse concluído logo. A situação se agravou depois do anúncio da Meta de afrouxar as regras de controle de suas redes (Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp) para casos de violência contra mulheres e a população LGBTQIAPN+. No Supremo, o tema tem dois votos pela responsabilização total (Dias Toffoli e Luiz Fux) e um pela parcial, que excetua os crimes contra a honra (Barroso).

Existe a expectativa que o tribunal também analise o recebimento da denúncia contra os suspeitos de planejar uma tentativa de golpe de Estado entre 2023 e 2024, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A denúncia a ser apresentada pela Procuradoria-Geral da República está em fase final de produção, conforme informou a coluna de Guilherme Amado. O julgamento em si deve ficar para o mandato do próximo presidente da corte, mas deve ocorrer na Primeira Turma, e não no plenário.

Outros dois casos de grande repercussão também devem entrar na pauta. Um é a unificação do entendimento sobre o vínculo de emprego entre motoristas e motoqueiros e aplicativos de transporte, como o Uber e o 99, e de entrega, caso da Rappi. O relator do caso é o ministro Edson Fachin. O que o STF decidir servirá para processos semelhantes em todo o Judiciário nos quais se discute vínculo de trabalho entre com as donas dos aplicativos.

Leia mais em PlatôBR