O francês Michel Platini teve rejeitado nesta quinta-feira seu recurso na Corte Europeia de Recursos Humanos. O ex-presidente da Uefa tentava reverter ou ao menos reduzir a suspensão de quatro anos imposta pela Fifa em 2015. Na ocasião, a entidade máxima do futebol impôs gancho de oito anos, sanção que foi reduzida pela metade após outro recurso.

O ex-jogador francês havia sido punido por ter supostamente recebido 2 milhões de francos suíços (cerca de R$ 9,4 milhões, no câmbio atual) da Fifa em 2011, com a devida aprovação do então presidente Joseph Blatter. O valor seria referente a um serviço prestado por Platini à entidade dez anos antes. O ex-mandatário da Fifa também foi suspenso. Ambos negaram ter cometido qualquer irregularidade.

Ao anunciar sua decisão nesta quinta, a Corte Europeia de Recursos Humanos avaliou como justa a punição aplicada pela Fifa a Platini. “A corte definiu em particular que, levando em consideração a seriedade da conduta irregular, a posição importante do Sr. Platini nas entidades do futebol e a necessidade de restaurar a reputação do esporte e da Fifa, a sanção não parece excessiva ou arbitrária”, anunciou o tribunal, em decisão tomada de forma unânime por sete juízes, em Estrasburgo, na França.

Foi a quinta derrota legal de Platini desde que foi punido pelos Comitês de Ética e de Apelação da Fifa. A sanção foi reiterada pela Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) e também pela Suprema Corte da Suíça. A CAS reduziu a pena pela metade em 2016, mas manteve a suspensão.

A punição, contudo, foi finalizada em setembro do ano passado. Platini já pode voltar a ocupar cargos no futebol desde que pague uma multa de 60 mil francos suíços (R$ 284 mil). O francês, ex-vice-presidente da Fifa, se recusava a pagar o valor à espera da decisão da Corte Europeia.