O francês Michel Platini compareceu, nesta segunda-feira, perante a promotoria do governo federal da Suíça, em Bern, para responder a um inquérito sobre o pagamento de US$ 2 milhões (cerca de 10,9 milhões) que teria recebido da FIFA em 2011.

O histórico jogador, de 65 anos, está sob suspeita pelo pagamento que levou à remoção de Joseph Blatter da presidência da Fifa há cinco anos e ao fim da sua candidatura à liderança da Fifa. Ele não falou com a imprensa.

Joseph Blatter, o ex-presidente da Fifa que teria autorizado o pagamento a Platini como

um salário diferido para trabalhos de consultoria uma década antes, deve comparecer ao tribunal nesta terça-feira.

Aos 84 anos, Blatter está sob investigação pelo pagamento a Platini desde setembro de 2015, quando a polícia suíça questionou as duas lideranças em uma visita inesperada à sede da Fifa, em Zurique, em um dia em que ambos participavam de uma reunião do comitê executivo.

Blatter e Platini foram suspensos provisoriamente e então sancionados pelo Comitê de Ética da Fifa. O caso marcou o fim de um mandato de 18 anos de Blatter à frente do órgão dirigente do futebol mundial. Seu veto de seis anos expira em outubro de 2021.

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Platini havia dito que estava confiante na volta ao futebol, quando seu veto de quatro anos expirou em outubro passado, meses antes de ele ser apontado como suspeito.

O ex-capitão da seleção francesa foi descrito em 2015 como uma “testemunha” e “acusado” pelo então procurador-geral Michael Lauber. Platini argumentou em 2018 que havia sido inocentado de todas as suspeitas em uma carta do gabinete de um procurador da Suíça.

A denúncia foi retomada quando outro promotor, Thomas Hildbrand, assumiu o comando de

várias das causas relacionadas à vasta rede de corrupção no futebol internacional como resultado de uma série de mudanças no estabelecimento judicial.

Esta segunda-feira também foi o último dia oficial de acusação de Lauber, que no ano passado, teve que se retirar das investigações da Fifa.

Lauber renunciou com base em algumas reuniões secretas que teve com Gianni Infantino, o atual presidente da Fifa, que lançou sua candidatura em 2015, quando Platini, então presidente da Uefa, foi suspenso. Lauber e Infantino são investigados por uma promotoria especial.

Tanto Platini quanto Blatter negam ter cometido qualquer crime para o pagamento de

US$ 2 milhões. Blatter enfrenta outros processos na Suíça. Platini enviou faturas à Fifa em janeiro de 2011 para cobrar por seus serviços como consultor no primeiro mandato de Blatter, de 1998 a 2002.


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