MILÃO, 18 NOV (ANSA) – O ex-presidente da Uefa (2007-2015) Michel Platini afirmou nesta segunda-feira (18) que os recentes casos de racismo no futebol são “absurdos” e devem ser “combatidos”.   

O ex-jogador francês ainda comparou o racismo com a homofobia e disse que as medidas usadas atualmente para combater o problema são “arriscadas”.   

“No passado, os coros eram espirituosos, mas hoje, por sua vez, é racismo. Não é possível em 2020 insultar por homofobia ou pela cor da pele. Precisamos explicar aos ultras que suas mensagens estão erradas”, disse Platini.   

“Não sei se é certo paralisar as partidas, mas o fenômeno deve ser combatido. É arriscado até fechar os setores do estádio, porque são como crianças, quanto mais você bane o açúcar, mais elas vão procurar”, completou o francês na apresentação do seu livro, que é chamado de “O Rei Nu”.   

O começo de temporada do Campeonato Italiano foi manchado por diversos casos de racismo. Entre os jogadores que já foram vítimas estão Mario Balotelli, Juan Jesus, Franck Kessié, Romelu Lukaku e Ronaldo Vieira.   

O ex-jogador da Juventus,que foi detido em junho sob suspeita de corrupção na escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022, ainda afirmou que foi vítima de uma “conspiração”.   

“Fui vítima de uma conspiração, de um processo violento da mídia, mas a vida não acabou. Tenho que ter uma última aventura, não consigo fechar com a palavra ‘suspensa’ pela Fifa. Me senti traído? Família e amigos ficaram, perdi apenas os cortesãos”, afirmou o francês.   

Aos 64 anos, Platini não fecha as partas para nenhuma hipótese, mas diz que não quer voltar para a Velha Senhora, porque “duas histórias de amor não são vividas” com a mesma pessoa. Além disso, o francês revelou que já “recebeu várias propostas”, mas confirmou que não voltará por onde já passou.   

(ANSA)