08/06/2016 - 16:32
São Paulo, 8/6 – A votação do novo plano de recuperação judicial do grupo sucroenergético Renuka Vale do Ivaí, ocorrido em assembleia na última segunda-feira, 6, não atingiu consenso. Das quatro classes de credores, uma não concordou com as condições apresentadas pela empresa, que administra as unidades São Pedro e Cambuí, ambas no Estado do Paraná. Mesmo assim, dada a aceitação de 75% e normas internas, o juiz responsável pode deferir e homologar o processo, segundo informou ao Broadcast Agro (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado) uma fonte com conhecimento do assunto. Protocolado na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo na semana passada, o novo plano de recuperação judicial da Renuka prevê a provisão de recursos para amortizar uma dívida de mais de R$ 700 milhões. O objetivo é amortizar o máximo possível do passivo em 12 meses. As propostas apresentadas no plano incluem desde mudanças no desconto sobre o valor de cada dívida até alongamento do prazo para pagamento das parcelas. “Diante da existência de dificuldades das recuperandas em cumprir com suas atuais obrigações financeiras, o presente plano de recuperação judicial prevê a realização de medidas que objetivam a geração de fluxo de caixa operacional necessário ao pagamento da dívida reestruturada e à geração de capital de giro e de recursos necessários para a continuidade das atividades”, resume o pedido da empresa. A Renuka Vale do Ivaí é controlada pela indiana Shree Renuka Sugars, que também comanda a Renuka do Brasil, esta com duas unidades no interior de São Paulo: Madhu, em Promissão, e Revati, em Brejo Alegre. A assembleia de credores da Renuka do Brasil deverá ocorrer amanhã. No ano-safra 2015/16, encerrado em março, a Shree Renuka Sugars registrou prejuízo líquido de US$ 42,85 milhões (2,85 bilhões de rupias), montante 3,3% menor ante 2014/15. Com capital aberto na Bolsa de Mumbai, a empresa teve uma receita líquida de US$ 880,84 milhões (58,62 bilhões de rupias) no ciclo (+2%).