Após mais uma forte surpresa de crescimento da economia brasileira, o Ministério do Planejamento destacou a expansão dos componentes da demanda do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, que tiveram crescimento simultâneo no período, algo que, segundo a pasta, não ocorria desde 2010.

“O crescimento do PIB no segundo trimestre foi elevado e superou as expectativas de mercado. Ressalta-se o desempenho do setor industrial e a continuidade do setor de serviços, com crescimento de todos os componentes da demanda – algo que não ocorre desde 2010”, disse o ministério, em nota.

O PIB cresceu 0,9% no segundo trimestre, próximo do teto da pesquisa do Projeções Broadcast, de 1,1%. A mediana era de 0,3%. No primeiro trimestre, o avanço foi de 1,8% (dado revisado nesta sexta-feira).

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB está no maior patamar da série histórica, iniciada em 1996. No acumulado do ano, o crescimento da economia é de 3,7%. “Esse resultado mostra o bom desempenho do setor industrial, influenciado sobretudo pela alta na indústria extrativa, e a continuidade do crescimento do setor de serviços pelo 12º trimestre consecutivo e apresenta uma taxa média anualizada de 4,2% neste período.”

Houve avanço de 0,9% da indústria e de 0,6% dos serviços, enquanto a agropecuária caiu 0,9% após saltar 21% no primeiro trimestre. Do lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 0,9% e do governo, 0,7%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) teve alta marginal de 0,1%, após dois trimestres de queda. A exportação avançou 2,9% e a importação, 4,5%.

Diante desses números, o Planejamento destacou o “vigor” do consumo das famílias e “forte desempenho” das exportações. “O forte crescimento no começo deste ano mostra que, mesmo se não houver elevação da atividade para os outros trimestres do segundo semestre de 2023, o PIB brasileiro irá crescer 3%, superando a atual projeção de mercado que está em 2,3%.”