SÃO PAULO, 9 NOV (ANSA) – A empresa Elea Data Centers, fundada no Rio de Janeiro pelo italiano Alessandro Lombardi, apontou que o “planejamento” é o caminho para o futuro da indústria de centros de dados, em um cenário de rápida expansão impulsionada pela Inteligência Artificial (IA) O tema foi o destaque da participação da companhia no DCD>Connect, um dos principais eventos do setor de data centers no Brasil e realizado nesta semana, em São Paulo.   

De acordo com a diretora de EHS, Sustentabilidade e Supply Chain da empresa, Crislaine Corraline, um dos principais problemas da área é conseguir antecipar as demandas da cadeia de abastecimento com antecedência devido à rapidez das mudanças no mercado.   

“Na Elea, adotamos iniciativas para enfrentar esses desafios.   

Investimos em educação para formar mão de obra qualificada, aproximamos parceiros para dar visibilidade às nossas demandas, visitamos fábricas para fortalecer nosso alinhamento e descentralizamos a cadeia de suprimentos, diversificando fornecedores por região para garantir a cobertura em diferentes cidades. Planejamento é a chave para estarmos preparados”, disse a executiva à ANSA.   

Outro ponto fundamental destacado pela Elea para a expansão no mercado de data centers é o investimento em sustentabilidade.   

Para Victor Almeida, diretor de Investment Banking da Piemonte Holding, controladora da empresa, “o Brasil, com sua matriz energética renovável, está em posição privilegiada para liderar uma transformação com ampla oferta de energia verde”.   

“Hoje, temos uma grande oportunidade de atrair investimentos de fundos que tradicionalmente focavam em infraestrutura tradicional e que agora buscam infraestrutura digital”, acrescentou.   

Como exemplos dessa mudança, a Elea citou os sensores e a IA, que “permitem monitorar e criar mapas de calor em tempo real, viabilizando uma operação mais sustentável e prevendo demandas com precisão para evitar picos de consumo” nos data centers.   

De acordo com Joaquim Araújo, gerente de Transformação Digital e Segurança da empresa, “a integração com as redes 5G e, futuramente, 6G, trará demandas significativas para o segmento”.   

“A descentralização da Tecnologia da Informação e a expansão para além do eixo Rio-São Paulo são fundamentais para aliviar a pressão do setor elétrico e garantir conectividade e eficiência em escala nacional”, apontou.   

Já Gustavo Pereira, diretor de TI da Elea, contou como a proximidade entre conteúdo e usuário permite uma melhora substancial no desempenho do negócio. “A partir de uma infraestrutura de TI distribuída tanto no eixo Rio-São Paulo como em outras metrópoles importantes regionais, conseguimos descentralizar conteúdo, cargas de trabalho dos clientes, para que possam trazer mais qualidade, rapidez e eficiência aos seus sistemas para os seus clientes”, explicou. (ANSA).