O Palácio do Planalto contava com menos de 50 câmeras de segurança durante as invasões de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023. A informação foi confirmada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) a jornalistas.

De acordo com a pasta, a segurança do local era monitorada por 44 câmeras espalhadas pelo prédio e seus anexos. Nenhuma delas, segundo o GSI, contava com tecnologia de reconhecimento facial.

Na época, bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em protesto contra a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. No Palácio do Planalto, os invasores quebraram vidraças do térreo e destruíram presentes expostos nos corredores.

O GSI informou ainda que, no momento das invasões, apenas 68 câmeras estavam instaladas em todos os prédios vinculados à Presidência (Planalto, Palácio da Alvorada, Granja do Torto e Palácio do Jaburu). Esse número deve saltar para 708 equipamentos, com um custo estimado de R$ 8,5 milhões.

No Palácio do Planalto, foram instaladas mais de 300 câmeras de segurança, das quais 23 possuem tecnologia de reconhecimento facial. Um software será capaz de identificar pessoas foragidas ou consideradas uma ameaça à segurança do presidente da República.

Embora o software ainda não esteja em operação, o GSI tem pressionado a empresa responsável a antecipar o acesso ao sistema antes da instalação de todas as câmeras de segurança — faltam cerca de 200 câmeras a serem instaladas no Alvorada e na Granja do Torto. Atualmente, o sistema é operado manualmente, e apenas suspeitos com históricos conhecidos no Planalto estão incluídos na lista de alerta.