No dia da votação no plenário da Câmara, o Palácio do Planalto tem pedido “sangue frio” para os deputados que são contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Ministros e parlamentares da base estão apresentando a aliados, desde a manhã deste domingo, 17, um gráfico de como vai ser a evolução dos votos e argumentando que, mesmo com o avanço rápido dos números a favor do afastamento da petista, o governo vai conseguir derrubar o processo na Casa.

O medo do Planalto é que os deputados vejam o placar pró-impeachment crescer e mudem de ideia no meio do caminho. É o que vem sendo chamado de “efeito manada”, em que um parlamentar decide mudar o voto para não ficar do lado perdedor.

Mesmo com todas as previsões contrárias, auxiliares da presidente continuam afirmando que a oposição não terá os 342 votos necessários para aprovar a admissibilidade do processo. Para isso, o governo conta com a ausência de deputados no plenário. O quórum na Casa, porém, já ultrapassa os 480 deputados. Ao todo, são 513.

Segundo assessores do Planalto, Dilma ainda não definiu se fará um pronunciamento após o resultado da votação. A previsão inicial era de que ela daria uma declaração à imprensa independentemente do que acontecesse.