O Governo Federal vai instalar no Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte (MG), um posto de acolhimento humanitário para brasileiros deportados dos Estados Unidos. A medida foi anunciada pela ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, nesta terça-feira, 28.
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“Conversamos com o presidente e fomos autorizados a iniciar as tratativas para estabelecer em Confins um posto de acolhimento humanitário, tendo em vista que poderemos ter mais voos previstos”, disse a ministra após reunião com o presidente Lula (PT).
Segundo Macaé, a prioridade é que os passageiros “tenham boas condições de água, alimentação e, inclusive, de temperatura, que me parece que foi a coisa mais prejudicial no processo desse voo”.
A ministra destacou que o governo federal vai se empenhar para evitar a separação das famílias brasileiras.
O Planalto também informou que pretende criar um grupo de trabalho com brasileiros e norte-americanos para evitar situações como a do primeiro voo de deportados brasileiros após o início do mandato de Trump — em que migrantes chegaram acorrentados e denunciaram agressões e más condições da aeronave usada pelo governo dos Estados Unidos.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) já havia solicitado esclarecimentos às autoridades norte-americanas sobre o uso “excessivo” de algemas, classificando a prática como inaceitável e em desacordo com os entendimentos firmados entre os dois países.
A Polícia Federal, porém, afirmou que o uso de algemas em imigrantes é uma prática comum em voos fretados dos EUA para repatriação, mas elas são removidas assim que o avião chega ao Brasil.
