A disputa pelo passe do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ganhou novos capítulos e o início de um cabo de guerra entre PL e Republicanos, seu atual partido. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, confirmou a ida de Tarcísio para a legenda, mas a informação foi negada pelo governador e seus pares.

Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, Valdemar afirmou que a filiação deve ocorrer em junho. A informação foi confirmada pela IstoÉ com fontes do partido.

Segundo um interlocutor, a ida de Tarcísio do PL acontece após uma forte pressão do ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de primeira ordem do governador paulista. Em encontros, como o evento de 25 de março na Paulista, Bolsonaro cobrou a mudança de partido do chefe do Bandeirantes.

Nos bastidores, o ex-presidente vê a troca de partido de Tarcísio como uma forma do governador demonstrar gratidão pela alavancada na carreira.

Embora o PL esteja animado com a possível chegada de Tarcísio de Freitas, o Republicanos, partido do governador, se mostra sereno sobre a situação e nega a saída dele da legenda.

A alta cúpula do partido trata a declaração de Valdemar como uma cortina de fumaça e enxerga a ação do presidente do PL como uma forma de usar a imprensa para pressionar o chefe do Palácio dos Bandeirantes. Membros da diretoria disseram manter contato frequente com Tarcísio, que reafirmou o compromisso e a manutenção na legenda.

A IstoÉ entrou em contato com o Palácio dos Bandeirantes, mas não obteve retorno até o momento. À reportagem, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, disse não ter sido comunicado por Tarcísio sobre a iminente mudança e que não poderia comentar o assunto.

“Ninguém falou nada comigo. Não posso comentar algo que não fui formalmente comunicado”, disse o parlamentar.