PL apela para a pressão, colhe assinaturas em aeroporto e incomoda líderes

Deputados pressionam colegas para pautar urgência do PL da Anistia e tentam cercá-los para emplacar pauta no colégio de líderes desta semana; partido desiste de obstrução

Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, intensificou a pressão para a urgência do PL da Anistia na Câmara dos Deputados e apelou até para “portaria” em aeroporto para colher assinaturas de apoio ao projeto. De acordo com o líder do partido na Casa, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), 199 assinaturas foram coletadas até o momento.

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Nesta terça-feira, 8, deputados foram ao saguão de desembarque do Aeroporto de Brasília para pressionar colegas a assinar o requerimento de urgência para a votação da proposta em plenário. A medida foi tomada após os líderes atenderem a um pedido do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para adiar a coleta das assinaturas.

Sem os líderes partidários, Sóstenes e seus aliados partiram para a estratégia de colher assinaturas individualmente. São necessárias 257 assinaturas para forçar o pedido de urgência no plenário.

A pressão sobre os deputados não tem agradado líderes e nem aliados de Hugo Motta. Reservadamente, dois líderes afirmaram que as ações tentem a repelir ainda mais as negociações para um acordo sobre o futuro do texto.

Nos últimos dias, o partido tentou várias frentes para pressionar os deputados a assinarem o requerimento de urgência. Além da manifestação em São Paulo no último domingo, 6, a legenda tentou a obstrução no plenário da Câmara, além de forçar a divulgação de nomes e fotos dos deputados que não assinaram o requerimento. Entretanto, o PL recuou tanto da obstrução quanto da divulgação dos nomes dos parlamentares.