ISTAMBUL, 14 NOV (ANSA) – O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e os curdos da Síria negaram envolvimento no ataque a bomba que matou seis pessoas no centro de Istambul, cidade mais populosa da Turquia, no último domingo (13).   

“O nosso povo e o público democrático sabem muito bem que não temos ligações com esse incidente, que não atingiremos diretamente alvos civis e que não aceitamos ações que mirem civis”, diz um comunicado do PKK, organização considerada pelo governo turco como “terrorista” e que luta pela independência do Curdistão.   

Já as Forças Democráticas da Síria (FDS), grupo de milícias curdas apoiado pelos Estados Unidos, afirmaram por meio de seu comandante, Mazloum Abdi, que a coalizão “não tem qualquer relação com a explosão de Istambul”.   

As FDS se concentram no nordeste da Síria e são hostis à Turquia. Seu principal componente são as Unidades de Proteção Popular (YPG), também consideradas por Ancara como “terroristas”.   

O ataque do último domingo não foi reivindicado por nenhum grupo, mas a Turquia culpa o PKK e os curdos da Síria. Segundo o ministro do Interior Suleyman Soylu, a ordem para a explosão “partiu de Kobane”, no Curdistão sírio.   

Já autoridades curdas no país árabe acusam a Turquia de criar “pretextos e desculpas” para fazer uma nova incursão militar no território. A principal suspeita de instalar a bomba no centro de Istambul é uma mulher curdo-síria identificada como Alham al-Bashir.   

Até o momento, 46 pessoas foram presas por suspeita de ligação com o ataque. (ANSA).