A literatura política brasileira tem conhecidos casos de uso político de bancos estaduais por governadores para ajudar amigos em empréstimos generosos, atropelando regras, nem sempre pagos. Muitos foram os episódios no Banerj, Bemge, Banestado, Banpará etc. A maioria das instituições faliu ou foi vendida para bancos privados, a preço de banana. Parece  que a velha prática assombra a sede  do Banco de Brasília (BRB) – que saiu em 2019 das páginas policiais para as de lucros a acionistas. Elegível, por ora, numa canetada do ministro Humberto Martins (STJ), o ex-governador condenado José Roberto Arruda (PL) usa poder de seu espólio eleitoral para tentar abocanhar o controle do BRB, caso o neoaliado Ibaneis Rocha (MDB) seja reeleito. Entre portas, isso foi jogado à mesa e o governador não gostou. A gestão atual do GDF barrou a tentativa. E qual o interesse de Arruda no BRB? Ele é pressionado por antigos parceiros, que sempre usaram o caixa do banco para lucrar em seu governo relâmpago no DF.

Ex-governador usa poder eleitoral para tentar o controle do banco do DF, a fim de ajudar amigos endividados que sempre apelaram à instituição

Piri com “vigias”

Patrick Grosner

Problemas de grandes capitais chegaram à bucólica e turística Pirenópolis (GO).  Alguns comerciantes e moradores do centro histórico têm sido visitados por autodeclarados “vigias” de rua, que propõem uma taxa mensal de segurança na porta. Há suspeita de conivência da Polícia Militar e o caso chegou ao comando da Secretaria de Segurança de Goiás.

Desmantelamento da Funai desde o PT

Divulgação

O desmantelamento da Fundação Nacional do Índio começou no Governo Lula da Silva, piorou no de Michel Temer, e se escancarou na gestão de Bolsonaro, com a instituição perto de virar uma portinha de sala escondida. É o que relatam indígenas. Citam que, no Governo Lula, o órgão foi entregue para o Centrão e controlado por ruralistas, que indicavam técnicos aceitáveis para as etnias. Mas desde então perderam benefícios como pagamentos de passagens em aéreas e em ônibus interestaduais para emergências de saúde e missões em capitais. Com  o tempo, também, as portas foram  se fechando literalmente em Brasília.

Violência trava teleférico no Rio

Yasuyoshi Chiba

As duas operações recentes da PM do Rio de Janeiro no Complexo do Alemão, que concentra cinco favelas, são parte de programa de segurança pública tocado pelo Governo a fim de abrir caminho para a volta do Teleférico sobre a comunidade – e outros serviços do Estado e empresas privadas parceiras paralisados desde a malsucedida gestão de Sergio Cabral. Mas a repercussão negativa das dezenas de mortes e o clima de instabilidade na região travaram o projeto infraestrutura e cidadania. O governador Claudio Castro cobra resultado para até fim do ano, antes da tentativa de eleição.

A turma do coturno pegou na enxada

A PM de Dom Inocêncio (PI) descobriu plantação de pés de maconha num sítio. Parte da terra bem capinada e irrigada. Porém nenhuma alma viva  no trato. A lamentação foi grande sem o flagrante. Não para encarcerar  os elementos. Sobrou para a tropa arrancar os milhares de pés da planta.

FIPE terá faculdade

Na onda da estreia de marcas tradicionais no ramo do ensino superior, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Fipe teve aval do Conselho Nacional de Educação, do MEC, para lançar a Escola de Ensino na capital paulista. Com cursos tecnologia em Gestão Financeira e em Gestão Pública. Será instalada na Av. Paulista, em dois andares.

OAB, brancos e pretos

Situação estranha ocorre em BH.  A relação da seccional da OAB-MG com nomes à lista sextupla para indicados ao novo TRF (6ª Região) circula nas bancas com citações “branco”, “pardo” e “preto” ao lado de sobrenomes de potenciais candidatos. A Ordem argumenta que trata-se da publicização da sua paridade de gênero e cota racial.

Nos bastidores

A estratégia militar
Ex-interventor de Segurança no Rio, vice na chapa de Bolsonaro, o linha-dura Gal. Braga Netto quer passar imagem mais leve ao eleitorado. Jogou futvôlei na praia sábado.

Pulsos de lata dourada
Com tanta pompa nas redes sociais, a influencer Deolane Bezerra, alvo de operação recente, teve de revelar à Polícia Civil que dois relógios de ouro Rolex apreendidos em sua casa são falsificados.

A dor da agulhada
O Brasil sente nas drogarias a falta da amoxicilina, antibiótico tão importante na praça, em especial no período de inverno para quem tem problemas respiratórios e sinusite. Sem o medicamento, pais têm que recorrer à injeção para crianças.

Jurista merece mais

A despeito da boa intenção da deputada Janaína Paschoal, autora da lei, amigos do falecido Hélio Bicudo acharam pouca a homenagem que deu seu nome ao Centro de Detenção Provisório em Mogi das Cruzes.