Criticada nos últimos dias pelos incidentes no GP da Inglaterra de Fórmula 1, a Pirelli se defendeu nesta terça-feira. E disse que os problemas nos pneus dos carros da Mercedes e da McLaren do espanhol Carlos Sainz Jr. se devem ao uso prolongado dos compostos no mesmo trecho, acima do recomendado.

“A razão pelo ocorrido foi um conjunto de circunstâncias de corrida que levaram ao uso extremamente longo do segundo jogo de pneus. O segundo período do safety car levou quase todas as equipes a anteciparem suas paradas planejadas nos boxes e, assim, realizaram um trecho final de prova particularmente longo: cerca de 40 voltas, que é mais de três quartos do total da corrida em uma das pistas mais exigentes do calendário”, explicou a fornecedora de pneus da F-1.

O longo trecho com os mesmos pneus e a maior velocidade da pista neste ano, em razão dos avanços dos carros desta temporada em comparação à anterior, acabaram causando os incidentes.

“O resultado foi a criação das condições de operação mais desafiadoras para os pneus. Isso levou o pneu dianteiro esquerdo (que é bem conhecido por ser o mais exigido em Silverstone) a ser extremamente exigido em um número muito alto de voltas, com o desgaste excessivo resultante significando que ele estava menos protegido das forças extremas em jogo.

O inglês Lewis Hamilton percorreu quase toda a última volta com um dos pneus furados. Venceu a prova, assim, com apenas três compostos. Já o finlandês Valtteri Bottas, companheiro de Hamilton na Mercedes, caiu de 2º para 11º após perder um dos seus pneus. Carlos Sainz Jr. trocou o 4º posto pelo 13º, fora da zona de pontuação da corrida.

A Pirelli destacou ainda que não fará mudanças nos tipos dos pneus programados inicialmente para a próxima etapa, que será disputada novamente no circuito de Silverstone. “A Pirelli confirma os compostos indicados anteriormente: C2, C3 e C4, sendo um nível mais macio do que os vistos no último GP. Além disso, a prescrição de uso será revista, aumentando as pressões mínimas dos pneus para reduzir o estresse na construção.”