A falta de confiança do investidor na capacidade do governo Bolsonaro de obter apoio político para aprovação da reforma da Previdência proposta pela equipe econômica conduziu o dólar para o lado positivo na manhã desta segunda-feira, 20, afirma o operador Hidealki Iha, da corretora Fair. A moeda renovou máxima em R$ 4,1083 (+0,20%) no mercado à vista e atingiu R$ 4,1130 (+0,16%) no contrato futuro para junho.

“O dólar mais fraco no exterior em meio ao acirramento da guerra comercial e problemas geopolíticos somado à antecipação da rolagem de vencimentos de linha de junho ajudaram para a queda do dólar nos primeiros negócios. Porém, isso não é suficiente porque o cenário político pirou, com mudanças sendo discutidas no projeto da reforma da Previdência, manifestação de apoiadores de Bolsonaro marcada para o dia 26, a revisão de PIB para baixo e o desemprego alto”, comenta Iha.

Para ele, o Banco Central precisa fazer mais alguma coisa, porque o dólar forte vai afetar a inflação interna, que está sob controle.


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