O técnico Pintado, dias atrás, pensava em seguir na Chapecoense em 2022, mas após a derrota para o Bahia por 3 a 0, no último domingo, pediu demissão. De acordo com o comandante, a mudança de ideia se deu por conta de comentários após a 17.ª derrota em 28 jogos pelo Campeonato Brasileiro. Ele, porém, não revelou quais declarações o irritaram.

“Para mim, não muda nada. Tenho consciência do que foi feito e do que não foi feito. As pessoas achavam que seria possível, mas as coisas mudam. Quero continuar contribuindo de alguma maneira, mas, como treinar, o futebol precisa de algo diferente. Ouvi algumas coisas depois do jogo do Bahia que me incomodaram muito. Isso me fez repensar. Nesse momento, acho que tenho que dar um passo para trás para que a Chape dê um para frente”, disse.

Pintado, de 63 anos, assumiu o comando da Chapecoense no começo de agosto e, em 14 jogos, somou apenas uma vitória, seis empates e sete derrotas – aproveitamento de 21%. “O que eu ouvi, está muito longe do que a gente tem feito. Quando esse sinal acende, é sinal que eu estou atrapalhando. Isso que senti. Por isso mudei minha perspectiva das coisas”, completou.

O técnico deixou o clube na lanterna (20.º lugar) com 13 pontos, 16 a menos do que o Juventude, primeiro time fora da zona de rebaixamento, com 99% de chance de voltar à Série B.

“Ele sai não com os resultados que esperávamos, mas com a dedicação do trabalho (…) O clube não pode parar. Não é porque estamos nesse processo de eleições que vamos deixar de fazer as coisas. Dentro das nossas possibilidades, vamos continuar nessa linha. Quem vier depois, pode dar sequência ao trabalho”, comentou Gilson Sbeghen, presidente da Chapecoense, ainda sem informar quem assumirá o clube.

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