O governo conservador de Sebastián Piñera anunciou nesta quarta-feira (4) uma série de medidas de austeridade fiscal no Chile, que permitirão destinar, em quatro anos, 500 milhões de dólares e programas sociais, segundo o ministro da Fazenda, Felipe Larraín.

“Por trás disto, está a responsabilidade fiscal. Recebemos uma situação delicada em matéria fiscal (…) e precisamos de recursos para os programas sociais”, indicou o ministro chileno, ao anunciar as medidas que significarão uma economia de 122 milhões de dólares ao ano.

A “instrução de economia” inclui cortes que vão da compra e uso de veículos, até redução de gastos com viagens e publicidade oficiais, entre outros.

“Gostaríamos que os recursos fossem prioritariamente para as pessoas mais necessitadas”, disse o ministro de Desenvolvimento Social, Alfredo Moreno.

Essas medidas estão dentro da “guerra sem quartel contra o desperdício e a corrupção”, anunciada por Piñera quando apresentou seu programa de governo, avaliado em 14 bilhões de dólares, metade dos quais devem ser financiados por “um esforço de austeridade e realocação” do Orçamento do Estado, disse ele.

Para este ano, a presidente Michelle Bachelet apresentou a Lei de Orçamento que previa um aumento da despesa pública de 3,9% – sobre o aumento de 2,7% proposto no ano passado -, dada a recuperação da economia local.

A economia chilena começou a se expandir quando o preço internacional do cobre – principal produto de exportação do país – se recuperou.