O samba nasceu da roda, do verso improvisado e da composição coletiva — uma forma de expressão criada na oralidade, na escuta do outro e na percepção do corpo. Estrutura semelhante à do rap e da cultura hip hop, também forjados em espaços de encontro, resistência e criatividade. Ambos os gêneros, em diferentes tempos, traduziram a vida negra em música, com rima, verdade e afeto.
Em um momento em que o pagode reafirma sua força como um dos pilares da música brasileira — e lidera como o gênero mais escutado no país no primeiro semestre de 2025 — a Pineapple Storm propõe um reencontro poderoso entre essas linguagens com o lançamento de “Poesia de Boteco”, single inédito que chega em todas às plataformas digitais no dia 29 de agosto.
A faixa reúne Lourena, Lukinhas, Xamã, BIN e J. Eskine, nomes de destaque da cena urbana, em um formato coletivo que já é marca da Pineapple — responsável pelo projeto Poesia Acústica, que soma mais de 10 bilhões de reproduções ao longo de suas 17 edições.
Agora, a base instrumental do pagode dá o tom para versos que falam de amor, cotidiano e encontros com a mesma naturalidade com que o samba sempre dialogou com a rua. Lukinhas, um dos nomes respeitados da nova geração da música urbana e responsável por hits gravados por Ludmilla, Gloria Groove e Delacruz, celebra a conexão entre estilos: “pagode e rap têm mais em comum do que muita gente imagina. A gente canta sobre amor, vivência, rua, alegria, dor… tudo com verdade. Foi natural e muito especial pra mim fazer parte disso”.
Nesse diálogo entre tradições e a cena atual, Lukinhas assume um papel central como produtor musical do projeto. O “Poesia de Boteco” traduz exatamente o caminho que ele já vem trilhando com o Pagode Urbano, estilo que une pagode, rap, trap, pop, R&B e outras referências que moldam a cena atual. A iniciativa da Pineapple conecta-se diretamente à identidade artística de Lukinhas e reforça ainda mais sua consolidação dentro desse movimento que expande os limites da música brasileira.
Já Lourena, que se consolidou como uma das vozes mais potentes do rap feminino nacional, fala sobre seu encontro com o gênero: “eu vim de Madureira, cresci ouvindo pagode, isso sempre fez parte de mim. Participar dessa música foi como voltar pra casa de um jeito novo — com tudo que eu sou hoje. Foi leve, foi verdadeiro e trouxe uma energia maravilhosa”.
Além de Lukinhas e Lourena, a faixa ainda conta com BIN — que atualmente ocupa o topo do Spotify Brasil com o hit “Eu Vou Na Sua Casa” —, Xamã, um dos maiores nomes do rap nacional, e J. Eskine, dono do sucesso “Resenha do Arrocha”.
Marcello Azevedo, sócio da Pineapple Storm, diz que “nos últimos anos, o rap e o pagode se consolidaram como dois dos gêneros mais relevantes do país — cada um com sua trajetória, público e potência cultural. O ‘Poesia de Boteco’ nasce nesse cruzamento: como uma tentativa genuína de diálogo artístico, mas também como um novo espaço de mercado. Um ponto de encontro entre públicos, linguagens e formatos que têm muito a trocar”.
“Poesia de Boteco” é mais uma franquia importante da Pineapple Storm, que acredita na força do encontro entre o rap e o samba como uma frente criativa. Este lançamento promete ser um sucesso, assim como o Poesia Acústica, unindo dois grandes gêneros da cena cultural brasileira.
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