SÃO PAULO, 11 MAI (ANSA) – Após a notícia de que o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 poderia mudar de São Paulo para um novo autódromo no Rio de Janeiro, os pilotos da principal categoria do automobilismo mundial lamentaram uma possível saída do circuito de Interlagos do calendário.
Em entrevista ao portal de notícias “UOL Esporte”, o alemão Sebastian Vettel, da Ferrari, afirmou “amar” Interlagos e sugeriu que o Brasil tenha duas etapas por ano.
“Eu realmente amo Interlagos. São poucas as corridas em que há uma chance tão grande de termos uma prova boa como lá. Sempre aconteceram coisas impossíveis de prever nos 10 anos em que corri lá. Eu teria saudade, seria uma pena. Deveríamos ter duas corridas no Brasil. Temos tantos fãs lá, tanta empolgação. Não conheço o projeto da pista do Rio, mas seria muito difícil bater Interlagos. Talvez seja mais fácil deixar a corrida lá”, disse Vettel.
Na coletiva de imprensa realizada ontem (10), o governador de São Paulo, João Doria, informou que a possibilidade de dividir a sede do GP do Brasil com o Rio de Janeiro é uma escolha da própria Fórmula 1, mas para ele “não parece [ser] uma alternativa viável”.
Outro que também lamentou uma possível troca de sede foi Nico Hülkenberg, da Renault. O alemão foi irônico ao comentar que “deixaria cair uma lágrima” se Interlagos deixasse o calendário da categoria.
Também ao “UOL Esporte”, Valtteri Bottas, da Mercedes, afirmou que o autódromo “traz muitas lembranças”. No entanto, o finlandês declarou que “poderiam fazer uma pista boa” no Rio de Janeiro, já que o piloto visitou o estado durante as Olimpíadas de 2016. O espanhol Carlos Sainz, da McLaren, informou que “gosta” de Interlagos pelo circuito ser uma “pista das antigas”. Na quinta-feira (9), o presidente da República, Jair Bolsonaro, assinou um termo de compromisso para construir um novo autódromo no Rio de Janeiro, no bairro Deodoro, na zona oeste. O espaço será batizado de Ayrton Senna.
O chefe de Estado brasileiro disse ainda que o local estaria pronto para receber a F1 a partir da temporada de 2020.
Doria, por sua vez, disse ter sobrevoado o campo de Deodoro, onde será construído o autódromo carioca, e disse que o local “não tem nada”. Em tom crítico, o governador questionou como a área conseguiria sediar um GP.(ANSA)