Piloto de balão que caiu em SC diz para polícia que ‘extintor não funcionou’

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Foto: Reprodução/Redes sociais

O piloto Elvis de Bem Crescêncio afirmou em depoimento após a queda do balão em Praia Grande (SC), na manhã deste sábado, 21, que o extintor de incêndio não funcionou. O acidente ocorreu na manhã deste sábado, 21, e causou a morte de oito pessoas.

“O incêndio teria começado na base, no piso do cesto, onde teria algum pano, alguma coisa nesse sentido, teria começado através de um botijão de gás adicional que fica no local. O extintor de incêndio não funcionou e  ele não conseguiu apagar o princípio de incêndio”, disse o delegado-geral, Ulisses Gabriel, durante uma coletiva de imprensa.

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Conforme as autoridades, o piloto do balão assim como o proprietário da empresa responsável pelo voo, podem ser presos caso seja comprovado homicídio doloso ou culposo.

Segundo Gabriel, o voo tinha autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para ser realizado, assim como o piloto estava com as licenças em dia.

“A Polícia Civil de Santa Catarina cumprirá a investigação dos fatos e verificará se emergem práticas criminosas e, por consequência, indiciamentos. Nós estamos apurando os fatos e vamos verificar se há materialidade e autoria da prática de algum crime”, ressaltou Gabriel.

O balão que caiu tinha capacidade para carregar até 27 pessoas, ou 2.875 kg. Até o momento, o piloto e outras cinco pessoas que estavam no balão foram ouvidas pela polícia.

As equipes também estão analisando as imagens de todos os ângulos e devem ouvir mais testemunhas que presenciaram a cena.

“Também vamos fazer levantamentos com a Polícia Científica sobre as condições do balão, o que restou do balão, e as condições de tempo, se eram adequadas para que ocorresse um voo nesta manhã. Estamos tendo instabilidades [climáticas] no sul de Santa Catarina e no norte do Rio Grande do Sul”, completou o delegado-geral.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) também está atuando nas investigações com a Anac.

As vítimas

Os nomes das vítimas ainda não foram divulgados oficialmente pela polícia mas, dos 21 passageiros, 18 eram de Santa Catarina, dois do Rio Grande do Sul e um de São Paulo. Alguns deles, no entanto, já foram identificados por meio de publicações de instituições públicas e organizações nas redes sociais.

Segundo a Polícia Científica, das oito vítimas, quatro foram encontradas carbonizadas dentro do cesto e as outras quatro, tinham ferimentos expostos e queimaduras, provenientes da queda.

Dos 13 sobreviventes, cinco pessoas procuraram o Hospital Nossa Senhora de Fátima, em Praia Grande, mas apenas duas ficaram internadas, ambas com quadro de saúde estável, mas em estado de choque.

* Com informações do Estadão Conteúdo