O declínio do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro no primeiro trimestre, o segundo seguido, pode ser considerado tão mínimo que as atuais circunstâncias econômicas seriam melhor descritas como um ambiente de ampla estagnação, afirma o ING.

“A queda de 0,1% no quarto e no primeiro trimestres é tão mínima, e o mercado de trabalho é tão forte que é difícil argumentar que este é um ambiente de recessão”, justifica a instituição financeira em nota. Segundo o ING, a estagnação da economia marca um corte claro do recente boom pós-pandêmico.

A queda do PIB da zona do euro se deu principalmente devido aos números da Alemanha. Somado a isso, o dado também mostrou que a atividade de março foi muito fraca, tornando improvável uma recuperação rápida no segundo trimestre. “Com os dados da pesquisa de maio enfraquecidos em geral, é provável que tenhamos apenas um aumento modesto após os dois trimestres de retração”, prevê o ING.

No geral, a instituição considera que a economia da zona do euro voltou a se recuperar, “à medida que a política monetária começa a pesar mais fortemente na atividade, os gastos pós-pandemia diminuem e a crise energética se aproxima”.