O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina cresceu 3,9% no terceiro trimestre de 2024 em relação aos três meses anteriores, mas caiu 2,1% na comparação interanual, segundo um relatório publicado nesta segunda-feira (16) pelo Instituto Nacional de Estatísticas (Indec).

Este é o primeiro aumento trimestral do PIB após três períodos consecutivos de queda, e o primeiro aumento trimestral desde a posse de Javier Milei na Presidência, em dezembro de 2023.

No entanto, o relatório registrou queda de 2,1% do PIB entre o terceiro trimestre de 2024 e o mesmo período do ano anterior, um recuo menos pronunciado que o de -5,2% no primeiro trimestre e -3,4% no segundo.

Os dados acompanham uma crise econômica na Argentina, que provocou uma recessão e uma das inflações mais altas do mundo, com 166% interanual em novembro, em um país onde 52,9% da população estão na pobreza e a indigência atinge 18,1%, segundo dados oficiais de setembro.

Milei fez um ajuste nos gastos do Estado, que reduziu fortemente as obras públicas, enxugou e eliminou organismos estatais, suspendeu o financiamento de províncias, exonerou milhares de funcionários públicos, desregulamentou os preços e eliminou subsídios.

Em novembro, Milei disse a empresários que a recessão tinha terminado na Argentina. “Estamos saindo do deserto, o país finalmente começou a crescer”, afirmou na época.

Em termos dessazonalizados, no terceiro trimestre de 2024, as exportações cresceram 3,2%, o consumo privado aumentou 4,6%, o consumo público subiu 0,7% e a formação bruta de capital fixo avançou 12%.

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