Oportunidade e coragem. Essas são as palavras que irão dar o tom do trabalho de Pia Sundhage até a convocação final para a Copa América Feminina. Diante da Holanda, na estreia do Torneio Internacional da França, a técnica sueca já começou a colocar em prática seu novo lema. Entre as 11 titulares da seleção brasileira, seis atletas tinham menos de 10 jogos oficiais, a começar pelo gol com Lorena (1), as defensoras Tainara (6), Fernanda Palermo (1) e Antonia (9) e as meias Ary Borges (5) e Kerolin (9).

Diante de umas das melhores seleções do mundo, quinta do ranking da Fifa, o Brasil mostrou atitude e ousadia no ataque. Pia Sundhage elogiou o desempenho das comandadas e usou o termo “jogar com raça” para definir a maneira que as atletas entraram em campo nesta quarta-feira.

“Estou feliz e satisfeita com o resultado, mas também como o desempenho delas porque se você olhar para esse time verá que é muito jovem e as quatro defensoras nunca tinham jogado juntas. Elas foram muito bem e jogaram com raça, bem no estilo brasileiro. Tem muitas coisas interessantes no ataque, temos um pouco mais da ousadia brasileira ao atacar, algo diferente se comparado ao estilo de jogo que tivemos nos Jogos Olímpicos. São novas jogadoras com diferentes combinações”, analisou.

Se por um lado Pia Sundhage tem dado oportunidade para a renovação na seleção feminina, por outro a sueca valoriza e muito as experientes jogadoras nesse processo de transição. Soma-se a Tamires, Marta, Debinha e Rafaelle, a meia Luana, que após nove meses está de volta. Cotada para defender o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, ela ficou afastada dos gramados após sofrer uma lesão do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, em março de 2021. O retorno gerou elogios da comandante.

“Gosto bastante do estilo de jogo da Luana, lembro como ela jogava conosco antes da lesão e conversamos sobre como ela estava se sentido nesta volta. Acredito muito nela, se olhar como atuou, estou impressionada e posso dizer que vai melhorar ainda mais. Antes do jogo eu disse que não importava como seria o desempenho, só gostaria que ela voltasse a sentir a sensação de jogar com a Seleção. Olhando para o jogo, posso dizer que a Luana é uma excelente líder e ajudará muito esse time, só precisa de um pouco mais de tempo”, elogiou.

Neste sábado, Pia Sundhage terá pela frente mais um grande desafio sob o comando da seleção feminina. Na segunda rodada do Torneio Internacional da França, o Brasil irá enfrentar as donas da casa, no estádio Michel D’Ornano, em Caen, às 17 horas (de Brasília).

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