O apresentador e ambientalista Alcide Filho foi preso nesta quarta-feira (8) suspeito de estuprar um adolescente, de 14 anos, em Teresina (PI). Além disso, o garoto morava com ele desde 2020 e trabalhou durante esse período sem receber salário, segundo a delegada Lucivânia Vidal, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). As informações são do G1.

O caso veio à tona em 2021, depois que o adolescente decidiu sair da residência de Alcide e relatou o que aconteceu para a família. O menino havia recebido uma proposta, em 2020, para trabalhar com o apresentador em uma produtora de vídeo montada na sua casa.

“Ele trabalhava de domingo a domingo na produtora, sem receber salário por isso”, disse a delegada Lucivânia.

Além disso, o apresentador expôs para a família do adolescente a intenção de adotá-lo para “cuidar” dele.

Em abril de 2021, os parentes registraram os possíveis abusos no Conselho Tutelar e, no mês de maio, a DCPA iniciou as investigações.

Após o inquérito ser concluído, a Justiça piauiense aceitou o pedido de prisão preventiva contra Alcide. Nesta quarta-feira, os policiais cumpriram o mandado de prisão e um de busca e apreensão na residência do apresentador.

“Foi aberto o inquérito policial, colhidos elementos de informação que subsidiaram o pedido de prisão, existindo fortes indícios que demonstram a veracidade dos fatos, inclusive com depoimento de familiares do acusado”, disse o delegado Mateus Zanatta, gerente de Delegacias Especializadas.

Outras possíveis vítimas

A delegada Lucivânia informou que até o momento nenhuma outra possível vítima se apresentou, mas isso não é descartado pela polícia.

“Não existiu na investigação outros menores, mas não que não haja suspeitas. Pela a experiência da DPCA, o modus operandi é de quem já sabe como cometer esse tipo de crime”, relatou.

Notoriedade no Piauí

Alcide Filho ganhou notoriedade no estado do Piauí por apresentar programas de ecoturismo na TV aberta piauiense. Antes disso, ele atuou como secretário de turismo e meio ambiente no município de Luís Correia, em 2009.

Devido à grande repercussão, a TV Meio Norte, em que ele comandava um programa sobre meio ambiente e ecologia, informou que repudia qualquer tipo de violência. Também frisou que a exibição do programa está temporariamente suspensa.

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O G1 não conseguiu contato com a defesa do apresentador. Porém a polícia informou que ele negou as acusações em depoimento.