A Procuradoria-Geral da República (PGR) rejeitou, nesta quinta-feira (13), os argumentos da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que buscavam evitar o processo por tentativa de golpe de Estado, uma decisão que agora cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Em meados de fevereiro, a PGR acusou o ex-presidente de planejar um complô, que acabou fracassando, para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para quem ele perdeu a eleição de 2022.
Bolsonaro foi indiciado, junto com 33 colaboradores, por “golpe de Estado”, “tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito” e “organização criminosa armada”, entre outros crimes.
A defesa dele apresentou seus argumentos no último dia do prazo dado pelo ministro do STF encarregado do caso, Alexandre de Moraes.
A PGR rejeitou esses argumentos nesta quinta-feira, incluindo a suposta incompetência do STF para julgar o ex-presidente e a falta de acesso total às evidências coletadas durante a investigação.
Em um documento de 24 páginas enviado à AFP, rejeitou cada uma das objeções e as declarou “superadas”.
Bolsonaro pode pegar até 40 anos de prisão pelos crimes dos quais é acusado. O ex-presidente, de 69 anos, se declarou inocente e disse que está sendo “perseguido”.
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