A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) o afastamento imediato do governador do Acre, Gladson Cameli (PP), sob suspeita de comandar um esquema de fraude em licitações.

O órgão divulgou uma nota na qual informou que a denúncia foi oferecida na terça-feira, 28, contra o governador e outras 12 pessoas pelos crimes de peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. “Iniciadas em 2019, as práticas ilícitas descritas na denúncia teriam causado prejuízos de quase R$ 11,7 milhões aos cofres públicos”, completou.

Cameli encontra-se em Dubai, para a COP28, com uma comitiva do governo ao Acre. A ISTOÉ entrou em contato com a Secretaria de Governo do Acre para obter algum posicionamento sobre o caso, mas não houve retorno até o momento. O espaço permanece aberto.

Na ação, protocolada pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, são apontadas supostas fraudes ou direcionamentos em pelo menos oito contratos firmados nos últimos anos pelo governo do Acre.

A PGR ainda afirma que, “a denúncia detalha como essas irregularidades foram efetivadas, bem como aponta os responsáveis pelos atos”, e como o dinheiro desviado beneficiou diretamente o governador do Acre e seus parentes.

Além disso, as empresas investigadas por fraudes em licitações teriam pagado parcelas do financiamento de apartamento de luxo do governador em São Paulo, parcelas do financiamento do seu carro de luxo e propina para Eládio Messias Cameli Júnior, irmão do parlamentar.