14/04/2022 - 15:21
Segundo a farmacêutica americana e sua parceira alemã BioNTech, estudo na faixa etária dos cinco aos 11 anos mostrou aumento de anticorpos em até 36 vezes após a dose de reforço.A farmacêutica americana Pfizer e a empresa alemã de biotecnologia BioNTech anunciaram nesta quinta-feira (14/04) que em breve solicitarão à Food and Drug Administration (FDA), agência dos Estados Unidos que regulamenta o uso de medicamentos no país, autorização para aplicar uma dose de reforço da sua vacina contra a covid-19 em crianças entre cinco e 11 anos.
Resultados de um estudo divulgado pelas duas empresas nesta quinta-feira mostram que o booster aumenta significativamente os anticorpos contra o coronavírus, especialmente contra a variante ômicron.
O ensaio clínico analisou dados de 140 crianças que receberam a terceira dose aproximadamente seis meses após a segunda, elevando os anticorpos contra o vírus selvagem (sem mutações significativas) do coronavírus em até seis vezes.
O resultado de uma subamostra com 30 soros foi ainda mais impressionante e mostrou um aumento de 36 vezes nos anticorpos contra a variante ômicron.
Segundo as duas empresas, a vacina foi bem tolerada nas crianças e não levantou novos problemas de segurança. No total, mais de 10 mil crianças menores de 12 anos já participaram de estudos da vacina.
Dosagem reduzida
A dosagem para crianças de cinco a 11 anos é de 10 microgramas, por razões de segurança, ou seja, um terço da dose aplicada em maiores de 12 anos.
Em comunicado, a Pfizer e a BioNTech afirmaram que compartilharão os dados o mais rapidamente possível com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) e com órgãos reguladores de outros países, para aprovação do reforço para essa faixa etária.
Os reguladores dos EUA e da Europa já aprovaram a aplicação de doses de reforço da vacina da Pfizer-BioNTech em adultos e em adolescentes de 12 e 17 anos. Uma quarta dose foi recentemente recomendada para pessoas com mais de 50 anos.
A maioria dos países, incluindo os Estados Unidos e o Brasil, ainda não autorizou vacinas contra covid-19 para bebês e crianças pequenas. No começo de fevereiro, a Pfizer e a BioNTech à FDA, agência dos Estados Unidos que regulamenta o uso de medicamentos no país, um pedido de autorização para usar sua vacina em bebês e crianças de seis meses a cinco anos de idade.
Mundo ultrapassa 500 milhões
Nesta quinta-feira, o mundo ultrapassou os 500 milhões de casos oficiais de covid-19, de acordo com dados Universidade Johns Hopkins, que monitora os números desde o início da pandemia.
Segundo o levantamento, em todo mundo já são mais de 6,19 milhões de mortes devido à doença, sendo 14,5% dos óbitos nos Estados Unidos. O país é também o com maior número de infecções: mais de 80 milhões, cerca de 16% do total.
Pelos números da universidade, o Brasil tem mais de 30,2 milhões de casos oficiais e mais de 661 mil mortes. No entanto, vários especialistas afirmam que o número real de casos é muito maior, devido à subnotificação.
De acordo com o site Our World in Data, da Universidade de Oxford, 75,8% das pessoas no Brasil receberam duas doses de vacinas contra a covid-19, e 39,1% um dose de reforço.
le (EFE, AFP, dpa, ots)