Pfizer eleva suas previsões para 2020 depois de cair menos do que o esperado no segundo trimestre

Pfizer eleva suas previsões para 2020 depois de cair menos do que o esperado no segundo trimestre

A empresa farmacêutica americana Pfizer, que desenvolve uma vacina para a COVID-19, melhorou sua previsão para 2020 nesta terça-feira(28), depois de reportar resultados acima do esperado no segundo trimestre.

O grupo teve um lucro líquido de 3,4 bilhões de dólares entre abril e junho, 32% a menos que no ano anterior. O lucro por ação foi de 78 centavos, mais do que os 68 centavos esperados pelos analistas.

A receita da empresa caiu 11%, para 11,8 bilhões de dólares, em parte devido à dificuldade de seus representantes visitarem médicos para apresentar as novidades e porque os cuidados com a saúde estavam focados na pandemia.

A empresa estima ter sofrido perdas de até 500 milhões de dólares.

Além disso, os pacientes restringiram suas idas ao médico, o que reduziu, por exemplo, a taxa de vacinação de crianças.

No entanto, houve um aumento na demanda por outros produtos, como a vacina contra infecção pneumocócica Prevenar 13 em alguns países e de produtos destinados a pacientes com respiradores artificiais.

O laboratório espera que consultas médicas, taxas de vacinação e cirurgias eletivas “aumentem gradualmente” no terceiro trimestre.

Diante dos resultados, o grupo melhorou sua previsão de faturamento para 2020 em 100 milhões de dólares, em um intervalo de 48,6 bilhões a 50,6 bilhões, e seu lucro por ação em 3 centavos, para um intervalo entre 2,85 e US$ 2,95.

“Ainda não estamos de volta às tendências pré-COVID”, disse o presidente-executivo Albert Bourla em uma videoconferência, citando novos confinamentos que podem ser decretados e incertezas sobre cirurgias não essenciais.

As novas expectativas do grupo não incluem a receita de uma possível vacina para COVID-19 que a Pfizer desenvolve em colaboração com a alemã BioNTech.

Washington recentemente emitiu uma ordem antecipada para a compra de 100 milhões de doses por 1,95 bilhão de dólares, além de Londres, que encomendou 30 milhões de vacinas.

Os dois grupos anunciaram na noite de segunda-feira uma nova fase de ensaios clínicos nos Estados Unidos com mais de 30.000 participantes em todo o mundo.

Se os testes forem bem-sucedidos, poderá ser solicitada uma autorização de comercialização a partir de outubro e o fornecimento de até 100 milhões de doses até o final de 2020 e cerca de 1,3 bilhão até o final de 2021.