A vacina Pfizer/BioNTech conserva uma eficácia muito alta contra a variante sul-africana do coronavírus, segundo os resultados dos ensaios clínicos na África do Sul, anunciaram as duas empresas nesta quinta-feira (1º).

Não foram observados casos de covid-19 na África do Sul em pessoas vacinadas durante o ensaio de fase 3 que rastreou os participantes até seis meses depois de sua segunda injeção, segundo um comunicado conjunto.

Neste país, “800 participantes foram recrutados, foram observados nove casos de covid-19, todos no grupo placebo, o que indica uma eficácia de 100% da vacina”, explica a aliança Pfizer/BioNTech.

Esses são “os primeiros resultados clínicos que comprovam que uma vacina pode proteger efetivamente contra as variantes atualmente em circulação, fator essencial para alcançar a imunidade coletiva e acabar com esta pandemia para a população mundial”, explica Ugur Sahin, CEO e co-fundador da BioNTech.

A Pfizer e a BioNTech estimaram em janeiro, a partir de testes in vitro, que embora fosse “inferior” à resposta observada contra a cepa comum do vírus, “a alta eficácia” da vacina não parecia afetada contra a variante sul-africana.

Os dados dos ensaios clínicos corroboram esses resultados, segundo o comunicado de imprensa desta quinta-feira.

Dos 46.307 participantes nos ensaios de fase 3 em vários países, a vacina mostrou uma eficácia de 91,3%, segundo a mesma fonte.

Dos 927 casos sintomáticos de covid-19 no estudo, 850 casos correspondem a pacientes do grupo placebo e 77 casos ao grupo vacinado.

Os laboratórios Pfizer e BioNTech esperam fabricar em 2021 até 2.500 milhões de doses de sua vacina, uma das quatro aprovadas na União Europeia.