PF realiza operação contra grupo suspeito de entregar 43 mil armas para facções

PF realiza operação contra grupo suspeito de entregar 43 mil armas para facções
PF deflagrou operação contra grupo suspeito de entregar armas para facções Foto: Divulgação/PF

A PF (Polícia Federal) deflagrou na manhã desta terça-feira (5) uma operação contra um grupo suspeito de entregar 43 mil armas para as maiores facções criminosas do Brasil, como PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho), e movimentar R$ 1,2 bilhão.

O que aconteceu:

  • De acordo com a corporação, o armamento era importado da Europa para o Paraguai, onde tinha a numeração raspada e era revendida para grupos de intermediários que atuavam na fronteira com o Brasil. Depois, essas armas eram revendidas para as facções nacionais;
  • Com base nisso, são cumpridos 25 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 52 de busca e apreensão em três países (Brasil, Estados Unidos e Paraguai);
  • “Estima-se que desde o início das investigações, a empresa investigada importou cerca de 43.000 armas para o Paraguai, movimentando em 3 anos cerca de R$ 1,2 bilhão de reais. Neste período foram realizadas 67 apreensões que totalizam 659 armas apreendidas no território brasileiro, apreensões estas realizadas em 10 Estados da federação: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Ceará”, informou a PF;
  • A operação foi realizada pela Polícia Federal da Bahia, em parceria com o MPF (Ministério Público Federal) e cooperação com a SENAD/PY (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai) com o Ministério Público do Paraguai. Além disso, houve participação da FICTA (Força-Tarefa Internacional de Combate ao Tráfico de Armas e Munições), que é composta pela HSI (Homeland Security Investigations), SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública) sob Supervisão do Serviço de Repressão ao Tráfico de Armas da PF;
  • Em coletiva de imprensa, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que os achados dessa operação serão fundamentais para a continuidade das investigações. Além disso, há suspeita de que um ex-comandante da Força Aérea do Paraguai esteja envolvido no caso.