Em colaboração com órgãos internacionais, a Polícia Federal (PF) realiza nesta terça-feira, 15, duas operações simultâneas em cinco Estados e três países contra o tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. As ações acontecem no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso. Ao todo, foram expedidos 86 mandados judiciais pela 5ª e pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Cerca de 200 policiais federais, além de membros do Ministério Público Federal (MPF) e auditores fiscais, participam das duas operações, batizadas de Turfe e Brutium.

Na operação Turfe, os agentes tentam cumprir 30 mandados de busca e apreensão expedidos pela 5ª Vara Federal Criminal para os cinco estados, além de medidas de cooperação policial no Paraguai, Espanha e Emirados Árabes (Dubai).

De acordo com a PF, uma investigação que já dura 18 meses aponta para a existência de um grupo responsável por adquirir drogas na Bolívia e na Colômbia, com a logística de transporte e armazenamento dos entorpecentes passando pelo Brasil antes de serem enviados ao mercado europeu.

Ao longo da investigação, mais de oito toneladas de cocaína, tanto no Brasil, quanto na Europa, foram apreendidas. Além disso, mais de R$ 11 milhões foram arrecadados dos criminosos durante uma fase sigilosa da operação, que contou com a participação do DEA (a agência antidrogas norte-americana) e da Europol.

A operação Turfe ganhou esse nome em referência a uma das formas de lavagem de capitais da quadrilha investigada, que é feita por meio da aquisição e negociação de cavalos de corrida.

Operação Brutium

Na outra ação, os policiais federais cumprem 19 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão, expedidos pela 10ª Vara Federal Criminal, nos Estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.

A investigação foi iniciada há dois anos e visa a combater o tráfico internacional de cocaína. A quadrilha investigada se aliou às duas maiores facções brasileiras para enviar a droga, oriunda da Bolívia e Peru, para diversos países na Europa.

Essa investigação contou com a colaboração de agentes da França, Marrocos, Bélgica e Espanha, além da agência antidrogas americana. Com ramificações na América Central e Europa, mais de duas toneladas de cocaína no Brasil, na Europa e na África, além de R$ 3,5 milhões, já foram apreendidos.

O nome da operação faz referência a integrantes da organização criminosa No Limit Soldiers, originária de Curaçao, no Caribe, e com ramificações em outros países da América Central e na Holanda.