A Polícia Federal indiciou o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) por suspeita de desvio de dinheiro da cota parlamentar. Os investigadores veem indícios da prática de quatro crimes: associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato (desvio de dinheiro ou bens públicos). O processo está sob sigilo.
O relatório da corporação foi encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal), pois é o tribunal competente para analisar casos em envolvam parlamentares com prerrogativa de foro.
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No mês de outubro de 2024, a PF realizou buscas no apartamento funcional do deputado, em Brasília, e em um endereço ligado a ele em Goiânia (GO). Na ocasião, os agentes levaram arquivos e o celular de Gayer. Além disso, fizeram buscas nas casas de assessores do parlamentar; um deles tinha R$ 72 mil em dinheiro vivo.
A partir do que foi encontrado no celular de um dos assessores, a Polícia Federal encontrou indícios de um esquema de desvio da cota parlamentar.
- A cota é um dinheiro disponível aos deputados para pagarem despesas do mandato, como ter escritório político em seus estados.
De acordo com a corporação, o endereço onde deveria funcionar um gabinete do parlamentar, em Goiás, era usado para uma loja e uma escola de inglês.
Em decisão de 2024, o STF (Supremo Tribunal Federal) classificou o parlamentar como “peça central” da associação criminosa e responsável por direcionar as verbas para atividades particulares.
Em outubro do mesmo ano, Gayer disse que foi alvo de uma operação “surreal”. “Não consigo saber o porquê que eu sofri busca e apreensão. Assessores meus recebendo busca e apreensão. Eu que nunca fiz nada de errado, nunca cometi nenhum crime”, completou.
*Com informações do Estadão Conteúdo