A Polícia Federal (PF) indiciou o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) sob acusação de desvios de recursos da cota parlamentar. Em um vídeo divulgado nas suas redes sociais, o deputado negou o cometimento de irregularidades e atribuiu o indiciamento ao seu posicionamento a favor do impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A informação foi revelada pela CNN e confirmada pelo Estadão. Segundo a investigação da PF, Gayer teria destinado recursos da cota do seu gabinete na Câmara dos Deputados para uma empresa ligada a um aliado.
A PF havia deflagrado uma operação para aprofundar essas suspeitas em outubro do ano passado. Na ocasião, apreendeu R$ 70 mil em dinheiro vivo com um assessor do parlamentar.
No indiciamento, a PF atribuiu ao deputado crimes como peculato (desvios de recursos públicos), falsidade ideológica e associação criminosa.
Em sua manifestação sobre o assunto, Gayer disse que os recursos de sua cota parlamentar foram aplicados em seu escritório político e que, ao contrário das acusações da Polícia Federal, não exercia nenhuma atividade privada bancada pela cota parlamentar.
“Estão dizendo que isso aqui era uma escola de inglês e que eu pagava o aluguel disso aqui com dinheiro da cota parlamentar, mas não conseguem achar uma prova de que era uma escola de inglês. Aí eu vou te contar a parte mais absurda, um agente da Polícia Federal foi lá disfarçado para perguntar se era uma escola de inglês e a pessoa que estava na recepção disse que não, que não era uma escola de inglês”, afirmou.
O material foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) há cerca de duas semanas. A equipe do procurador-geral da República, Paulo Gonet, vai analisar se há elementos suficientes para oferecer denúncia contra o parlamentar ou se seria necessário realizar mais diligências para aprofundar as investigações.