SÃO PAULO, 29 DEZ (ANSA) – A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (29) uma operação em diversos estados contra bolsonaristas suspeitos de participarem da tentativa de invasão à sede da Polícia Federal e atos de vandalismo em Brasília, no último dia 12 de dezembro.   

Ao todo, são cumpridos 32 mandados de busca e apreensão e de prisão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no Distrito Federal, em Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro.   

Entre os crimes investigados estão incêndio majorado, associação criminosa, dano qualificado, entre outros. No total, as penas máximas somadas podem chegar a mais de 30 anos de prisão.   

A operação foi batizada de “Nero”, em referência ao imperador romano que entrou para a história por causa do grande incêndio de Roma no ano de 64, embora não haja nenhuma evidência de que ele tenha provocado as chamas.   

Em nota, a Polícia Federal informa que o “conjunto da investigação buscou identificar e individualizar as condutas dos suspeitos de depredar bens públicos e particulares, fornecer recursos para os atos criminosos ou, ainda, incitar a prática de vandalismo”.   

Para o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), “as ações policiais em curso visam garantir o Estado de Direito, na dimensão fundamental da proteção à vida e ao patrimônio”.   

“Motivos políticos não legitimam incêndios criminosos, ataques à sede da Polícia Federal, depredações, bombas. Liberdade de expressão não abrange terrorismo”, escreveu o integrante do governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, no Twitter.   

Até o momento, dois suspeitos foram detidos no Rio e em Brasília, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Os dois foram identificados como Átila Mello, preso no município de São Gonçalo, e Klio Hirano, encontrada em Brasília.   

No último dia 12 de dezembro, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro atacaram a sede da PF e veículos estacionados nas ruas do entorno do edifício depois da prisão do indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante. (ANSA).