A Polícia Federal realiza na manhã desta quinta-feira, 22, buscas na Casa Civil do governo do Estado do Paraná, parte da 48.ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta quinta-feira, 22. A primeira fase das investigações em 2018 tem como alvo esquema de corrupção e lavagem de concessionárias de rodovias federais a agentes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Paraná e da Casa Civil do governo do Estado do Paraná.

São cumpridos 7 mandatos de prisão e 50 mandados de busca e apreensão decretados pelo juiz federal Sérgio Moro nessa nova etapa, batizada de Operação Integração. O nome decorre do alvo, a suspeita de corrupção na concessão de rodovias federais no Paraná que fazem parte do chamado Anel da Integração. A PF cumpre as ordens judiciais em quatro estados: Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Desde as 6h, policiais estão no Palácio Iguaçu, sede do governo Beto Richa (PSDB), para cumprir ordem de buscas em gabinete da Casa Civil. Há também buscas no prédio do DER do Paraná, além do DNIT.

Operadores

A Lava Jato suspeita que as concessionárias de rodovias do Anel da Integração usavam o mesmo esquema de lavagem de dinheiro usado para pagar propinas na Petrobrás para corromper agentes públicos do setor de rodovias.

O ponto comum alvo da Operação Integração é o uso de dois operadores de propinas: Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran. “Uma das concessionárias se utilizou dos serviços de Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran para operacionalizar, ocultar e dissimular valores oriundos de atos de corrupção. Dentre os serviços prestados por estes operadores está a viabilização do pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos”, informou a Polícia Federal, que desde as 6 horas está nas ruas cumprindo mandados nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo.

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O Ministério Público Federal informou ter identificado “repasses diretos a empresas que estavam em sociedades” diretamente a servidores do DER/PR), do DNIT e da Casa Civil do Estado do Paraná. “Também pagamentos a empresas controladas por operadores do esquema, que sacavam em espécie parte relevante dos recursos. Os investigadores suspeitam que esses pagamentos eram usados como contrapartida por favorecimentos conferidos à concessionária Econorte na execução do contrato de concessão rodoviária com o Estado do Paraná.”

O governo do Estado foi procurado, mas nenhum representante ainda foi localizado. O espaço está aberto.


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