PF faz operações em 7 estados e no DF contra desvios em fundos de pensão

PF faz operações em 7 estados e no DF contra desvios em fundos de pensão

A Polícia Federal realiza duas operações contra desvios em fundos de aposentadoria. Uma é desdobramento da Lava Jato e envolve parceiros do ex-governador Sérgio Cabral. Outra mira em fraudes em fundos de servidores municipais.

A Operação Rizoma, que conta com a participação do Ministério Público Federal, investiga os crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção, por meio de investimentos malsucedidos que geraram prejuízos aos fundos de pensão Postalis, dos Correios, e Serpros, do Serpro.

Policiais federais cumprem hoje dez mandados de prisão contra acusados. Além dos mandados de prisão, estão sendo cumpridos 21 mandados de busca e apreensão. A operação é feita no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Distrito Federal.

De acordo com a Polícia Federal (PF), valores oriundos dos fundos de pensão eram enviados para empresas no exterior, gerenciadas por um operador financeiro brasileiro. As remessas, apesar de aparentemente regulares, referiam-se a operações comerciais e de prestação de serviços inexistentes.

Ainda segundo a PF, depois de receber os recursos desviados, o operador financeiro pulverizava o dinheiro em contas de doleiros também no exterior, que disponibilizavam os valores em espécie no Brasil para suposto pagamento de propina.

A outra operação em andamento é a Encilhamento. Policiais federais e auditores fiscais da Receita Federal cumprem 20 mandados de prisão temporária. A ação é a segunda fase da Operação Papel Fantasma, para apurar fraudes envolvendo a aplicação de recursos de Institutos de Previdência Municipais em fundos de investimento. A investigação suspeita que os fundos tem debêntures sem lastro (título de dívida que gera um direito de crédito ao investidor) que ultrapassam R$ 1,3 bilhão.