Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

PF apura elo entre bloqueios de rodovias e plano de golpe após derrota de Bolsonaro

PGR pediu novas diligências à PF para apurar conexão entre bloqueios e eventual plano de golpe

Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, e o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A PF segue investigando se os bloqueios de rodovias federais e estaduais que ocorreram em diversos estados do Brasil, após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022, tiveram alguma conexão com o suposto plano golpista liderado pelo ex-presidente e que motivou seu indiciamento no inquérito do golpe. Os bloqueios, promovidos por apoiadores de Bolsonaro que contestavam o resultado das urnas, foram registrados em estados como Minas Gerais, Tocantins, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rondônia.

As investigações iniciais foram conduzidas por unidades locais da Polícia Federal e, posteriormente, encaminhadas ao Supremo, após Alexandre de Moraes determinar que os casos deveriam ser analisados pela Corte. O STF reconheceu a competência para investigar potenciais conexões entre os bloqueios e ações mais amplas contra a democracia brasileira.

Os casos passaram a ser centralizados na Coordenação de Inquéritos nos Tribunais Superiores, da Polícia Federal, que já elaborou relatórios finais para diversas dessas frentes de apuração. Contudo, a PGR pediu diligências complementares em grande parte dos inquéritos, o que levou à devolução dos processos à PF. Essas diligências ainda estão em andamento, mas nada disso é investigado no âmbito do inquérito do golpe.

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